sábado, 17 de março de 2012

As Brumas de Avalon – de Marion Zimmer Bradley


Eu já havia feito resenhas separadas para cada livro da série, que postei no Skoob, mas agora que decidi postar minhas resenhas por aqui também, achei que seria mais prático reunir numa única postagem as impressões que tive dos 4 livros que compõem a série. Imaginei que, tendo uma visão geral da série, seria mais fácil para outros leitores descobrirem se vale a pena ou não ler essa história.
Então, vamos lá!



A série “As brumas da Avalon”, de Marrion Zimmer Bradley, conta a história do Rei Arthur através de quatro poderosas mulheres que participaram de sua vida: Igraine (mãe), Viviane (tia e grande sacerdotisa de Avalon), Guinevere (esposa e rainha) e Morgana (irmã). A história se passa no período após a queda do Império Romano Ocidental, quando os reinos da Bretanha buscavam manter-se unidos e lutavam contra os povos saxões.

 
Em “A senhora da magia”, primeiro volume da série, conhecemos Igraine, que cresceu na ilha de Avalon, mas foi obrigada a se casar cedo com Gorlois, o Duque da Cornualha, um homem rígido, que vive nos padrões romanos. Ela não tem uma vida feliz, mas se acostumou com sua situação. Porém, Igraine vê sua vida virar de cabeça para baixo quando recebe uma visita de sua irmã, a Grande Sacerdotisa de Avalon, Viviane, e o druida Merlin, que trazem uma notícia que poderá mudar completamente o seu destino e o da própria Bretanha.
A leitura da primeira parte do livro foi um pouco arrastada, devido à imaturidade de Igraine, pois é do ponto de vista dela que os primeiros capítulos são narrados. Já na segunda parte o foco principal é Morgana, filha de Igraine e que conta um pouco sobre sua infância e depois quando é levada para Avalon para se tornar uma sacerdotisa, assim como sua tia Viviane. Contudo, o livro traz uma história muito boa. A narração varia, por vezes em primeira pessoa e outras em terceira, mas sempre mostra o ponto de vista de três das principais personagens: Igraine, Viviane e Morgana. O livro termina com aquele gostinho de quero mais e você sabe que ainda vem muita coisa pela frente.

No segundo volume, “A Grande Rainha”, a maioria dos capítulos é narrada do ponto de vista de Guinevere (ou Gwenhwyfar), o que faz deste o volume mais cansativo da série, pois ela se mostra uma mocinha boba, medrosa, supersticiosa, egoísta, mimada, carola ao extremo, preconceituosa, submissa e ainda se faz de vítima o tempo todo... (pronto falei!). Por outro lado, descobrimos em Morgana um lado mais frágil, e vemos que por trás da aparência fria da sacerdotisa existe uma mulher comum com sentimentos bastante humanos. Morgana e Guinevere têm personalidades opostas e, a partir deste volume, fica claro que, a influência delas sobre Arthur terá grande importância no destino da Bretanha.

Em “O Gamo-Rei”, terceiro volume, o maior foco é a passagem do tempo e as inevitáveis mudanças que o acompanham. Os personagens começam a envelhecer, e tornam-se cada vez mais visíveis as consequências de atitudes tomadas anteriormente. Além disso, as decisões e comportamentos de alguns personagens são cruciais para os próximos acontecimentos. Novos personagens são apresentados, o reino da Bretanha começa a passar por sérias mudanças e são narrados muitos acontecimentos importantes para o desenvolvimento da história.

No último livro da série, “O prisioneiro da árvore”, o tempo passa cada vez mais rápido e os acontecimentos se encaminham para o final da história. Este é ponto forte tanto desse como do volume anterior, pois confere um ritmo mais rápido à leitura. Não há volta para o que já foi decidido, ações e posicionamentos tomados no passado cobram o seu preço, e muitas previsões se confirmam.

Numa avaliação geral, a série é muito boa, pois trás a lenda do Rei Arthur, contada de uma forma bem diferente da qual eu estava acostumada. Acredito que Marion Zimmer Bradley teve uma grande ideia ao nos apresentar 5 mulheres (Igraine, Viviane, Morgana, Morgause e Guinevere) – de diferentes personalidades, mas decididas, cada uma a seu modo, a lutar por aquilo em que acreditam – para contar-nos essa incrível história.  


E, pra quem quiser conferir, essa série foi adaptada para um filme, uma produção norte-americana, tcheca e alemã para a televisão e lançada em 2001. Como a maioria das adaptações, o filme As Brumas de Avalon, não foi muito fiel aos livros da série e eu, pessoalmente, não gostei dos atores escolhidos, pois estes não refletiam em nada a imagem mental que criei dos personagens. Ainda assim, se encarado como uma versão diferente para a história dos livros, eu acredito que vale a pena conferir, sim.
E... procurando pelo trailer acabei achando o filme completo no You Tube, se alguém se interessar: http://www.youtube.com/watch?v=lBp0EPG_cY4&feature=related

Então... é isso.
Até a próxima!


2 comentários:

  1. Olá! Também sou bibliotecária - trabalho na BN - e escritora de literatura fantástica, Cheguei a seu blog procurando imagens dessa tetralogia que adoro. Parabéns pelo trabalho, convido-a a me fazer uma visita!

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    Respostas
    1. Oi Ana (minha chará, rsrsr)!

      Seja bem vinda ao Entre Livros e Rabiscos!
      Poxa vc trabalha na BN?! Que sonho! *_*
      E que bom que você gostou da minha resenha. Eu tive alguns altos e baixos com essa leitura, mas com certeza é uma das séries que mais gosto.

      Ah! Eu vi que você é autora de O castelo da águias. Eu vi o seu livro numa lista publicada pela Revista Fantástica só com livros de literatura fantática nacionais e o acrescentei a minha lista de desejados no skoob.
      Vou dá um passadinha nos seus blogs e deixar cometários também!

      Obrigada pela visita!
      Abraços.

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