Eu já havia feito resenhas separadas para cada
livro da série, que postei no Skoob, mas agora que decidi postar minhas
resenhas por aqui também, achei que seria mais prático reunir numa única postagem
as impressões que tive dos 4 livros que compõem a série. Imaginei que, tendo
uma visão geral da série, seria mais fácil para outros leitores descobrirem se
vale a pena ou não ler essa história.
Então, vamos lá!
A série “As brumas da Avalon”, de Marrion Zimmer
Bradley, conta a história do Rei Arthur através de quatro poderosas mulheres
que participaram de sua vida: Igraine (mãe), Viviane (tia e grande sacerdotisa
de Avalon), Guinevere (esposa e rainha) e Morgana (irmã). A história se passa
no período após a queda do Império Romano Ocidental, quando os reinos da
Bretanha buscavam manter-se unidos e lutavam contra os povos saxões.
Em “A senhora da magia”, primeiro volume da
série, conhecemos Igraine, que cresceu na ilha de Avalon, mas foi obrigada a se
casar cedo com Gorlois, o Duque da Cornualha, um homem rígido, que vive nos
padrões romanos. Ela não tem uma vida
feliz, mas se acostumou com sua situação. Porém, Igraine vê sua vida virar de cabeça para baixo quando recebe
uma visita de sua irmã, a Grande Sacerdotisa de Avalon, Viviane, e o druida
Merlin, que trazem uma notícia que poderá mudar completamente o seu destino e
o da própria Bretanha.
A leitura da primeira parte do livro foi um
pouco arrastada, devido à imaturidade de Igraine, pois é do ponto de vista dela
que os primeiros capítulos são narrados. Já na segunda parte o foco principal é
Morgana, filha de Igraine e que conta um pouco sobre sua infância e depois quando é levada para
Avalon para se tornar uma sacerdotisa, assim como sua tia Viviane. Contudo, o
livro traz uma história muito boa. A narração varia, por vezes em primeira
pessoa e outras em terceira, mas sempre mostra o ponto de vista de três das
principais personagens: Igraine, Viviane e Morgana. O livro termina com aquele
gostinho de quero mais e você sabe que ainda vem muita coisa pela frente.
No segundo volume, “A Grande Rainha”, a maioria
dos capítulos é narrada do ponto de vista de Guinevere (ou Gwenhwyfar), o que
faz deste o volume mais cansativo da série, pois ela se mostra uma mocinha boba,
medrosa, supersticiosa, egoísta, mimada, carola ao extremo, preconceituosa,
submissa e ainda se faz de vítima o tempo todo... (pronto falei!). Por outro
lado, descobrimos em Morgana um lado mais frágil, e vemos que por trás da
aparência fria da sacerdotisa existe uma mulher comum com sentimentos bastante
humanos. Morgana e Guinevere têm personalidades opostas e, a partir deste
volume, fica claro que, a influência delas sobre Arthur terá grande importância
no destino da Bretanha.
Em “O Gamo-Rei”, terceiro volume, o maior foco é
a passagem do tempo e as inevitáveis mudanças que o acompanham. Os personagens
começam a envelhecer, e tornam-se cada vez mais visíveis as consequências de
atitudes tomadas anteriormente. Além disso, as decisões e comportamentos de
alguns personagens são cruciais para os próximos acontecimentos. Novos
personagens são apresentados, o reino da Bretanha começa a passar por sérias
mudanças e são narrados muitos acontecimentos importantes para o
desenvolvimento da história.
No último livro da série, “O prisioneiro da
árvore”, o tempo passa cada vez mais rápido e os acontecimentos se encaminham
para o final da história. Este é ponto forte tanto desse como do volume
anterior, pois confere um ritmo mais rápido à leitura. Não há volta para o que
já foi decidido, ações e posicionamentos tomados no passado cobram o seu preço,
e muitas previsões se confirmam.
Numa avaliação geral, a série é muito boa, pois
trás a lenda do Rei Arthur, contada de uma forma bem diferente da qual eu
estava acostumada. Acredito que Marion Zimmer Bradley teve uma grande ideia ao
nos apresentar 5 mulheres (Igraine, Viviane, Morgana, Morgause e Guinevere) –
de diferentes personalidades, mas decididas, cada uma a seu modo, a lutar por
aquilo em que acreditam – para contar-nos essa incrível história.
E, pra quem quiser conferir, essa série foi
adaptada para um filme, uma produção norte-americana, tcheca e alemã para a
televisão e lançada em 2001. Como a maioria das adaptações, o filme As Brumas
de Avalon, não foi muito fiel aos livros da série e eu, pessoalmente, não
gostei dos atores escolhidos, pois estes não refletiam em nada a imagem mental
que criei dos personagens. Ainda assim, se encarado como uma versão diferente
para a história dos livros, eu acredito que vale a pena conferir, sim.
E... procurando pelo trailer acabei achando o filme completo no You Tube, se alguém se interessar: http://www.youtube.com/watch?v=lBp0EPG_cY4&feature=related
Então... é isso.
Até a próxima!
Olá! Também sou bibliotecária - trabalho na BN - e escritora de literatura fantástica, Cheguei a seu blog procurando imagens dessa tetralogia que adoro. Parabéns pelo trabalho, convido-a a me fazer uma visita!
ResponderExcluirOi Ana (minha chará, rsrsr)!
ExcluirSeja bem vinda ao Entre Livros e Rabiscos!
Poxa vc trabalha na BN?! Que sonho! *_*
E que bom que você gostou da minha resenha. Eu tive alguns altos e baixos com essa leitura, mas com certeza é uma das séries que mais gosto.
Ah! Eu vi que você é autora de O castelo da águias. Eu vi o seu livro numa lista publicada pela Revista Fantástica só com livros de literatura fantática nacionais e o acrescentei a minha lista de desejados no skoob.
Vou dá um passadinha nos seus blogs e deixar cometários também!
Obrigada pela visita!
Abraços.