sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Resenha: Perdido em Marte - Andy Weir

Fonte: Acervo Pessoal!
OBS: Eu ainda tentei marcar todas as partes divertidas, mas ou eu lia ou marcava. heheh.

Oi, pessoal!

Perdido em Marte foi livro eu ganhei em um dos desafios da Arraiátona, ele chegou rapidinho e no mesmo dia já comecei a ler. Esse foi um livro que nunca me chamou a atenção, lembro que na época do lançamento a editora fez muita propaganda, até por causa do filme que foi lançado no mesmo ano, mas nem me importei em ler resenhas sobre ele, nem em assistir o filme. Mas como "cavalo dado não se olham os dentes" - já dizia mainha - eu resolvi dar uma chance à narrativa de Andy Weir. E que boa surpresa, eu tive! Bora saber o que achei?

A história se passa alguns anos no futuro, quando os avanços tecnológicos e científicos possibilitaram as viagens tripuladas à Marte. Então, conhecemos Mark Watney, um astronauta que faz parte da ARES3, a 3ª missão da Nasa em Marte. Ou fazia, até que uma prolongada tempestade de areia obriga a equipe a partir no 6º dia no planeta vermelho. Porém, durante a retirada para o veículo que usariam para partir, Mark acaba sofrendo um acidente e o resto da equipe acaba acreditando que ele morreu. Só que ele acaba se salvando milagrosamente, apenas para descobrir que todos já foram embora e ele acabou sozinho, com poucos recursos e sem a mínima ideia de como voltar à Terra.

Apesar da premissa um pouco dramática e da situação assustadora em que Andy Weir coloca seu personagem, ele me surpreendeu ao marrar uma aventura super divertida e envolvente.

Mark Watney está perido em Marte, sem nenhuma previsão de quando ou se poderá voltar e sua única certeza é que seus recursos (alimento, água, oxigênio, etc) não vão durar até a próxima missão (ARES4), que só está prevista para chegar em 4 anos. Mas ele não desiste! Dono de uma inteligência criativa e vontade de viver, ele usa de seus conhecimentos de engenharia, química e botânica, além de um senso de humor bastante inusitado, para se manter vivo e são durante sua estadia no planeta. Quando falo do senso de humor do Mark, estou falando também de sua personalidade, acho que ele não passa um dia sem soltar, pelo menos, umas três piadas sobre sua situação precária. Incrivelmente, esse parece ser seu melhor recurso para se manter animado e esperançoso em sobreviver. Além disso, todo esse humor é o que sustenta a maior parte da história, servindo de alívio para os momentos tensos e fazendo com que o leitor se apegue cada vez mais ao personagem e torça para que ele consiga se salvar. Juro que em várias partes fiquei com o coração na mão, pensando: "PQP! Agora ele não escapa!".

Mas a história não foca só no Mark e suas aventuras em Marte. À medida que sua situação lá se estabiliza, vamos acompanhando também o pessoal da Nasa que organizou a missão ARES 3 e a equipe de astronautas que precisou abandonar Mark, pensando que ele havia morrido. Essa alternância de ambientes e personagens deixou a narrativa mais dinâmica.

As únicas partes que achei mais cansativas foram todas as explicações sobre reações químicas e cálculos que Mark fez enquanto tenta conseguir mais água, alimento e etc para se manter vivo. Lógico que essas partes eram necessárias e deram um toque mais realista à história. O problema é que eu sou de humanas (hehehe) e não entendia nada! Ele até explicava como se falasse mesmo com um leigo, mas muitas vezes, pra mim, era como se ele estivesse falando grego. Não que atrapalhasse o entendimento geral, mas as explicações eram chatas mesmo. Talvez, pra que goste dessa área, seja mais interessante.

Enfim, Perdido em Marte ainda conta com vários momentos de ação e tensão e muitas reviravoltas que me surpreenderam e me mantiveram grudada no livro até o final. Acabei até atrasando as minhas leituras da ML de Férias por causa dele. Recomendo pra quem está a procura de uma aventura divertida e de ficção científica.

Fiquei animada também pra assistir o filme e depois faço uma resenha dele aqui no blog.

Boas leituras e até a próxima!
^-^


WEIR, Andy. Perdido em Marte. São Paulo: Arqueiro, 2015.



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