Mangá: Ore Monogatari - Aruko e Kazune Kawahara

Fonte: Arquivo pessoal.

Oi, pessoal!

Hoje trago a resenha de Ore Monogatari, um mangá shoujo que começou a ser publicado no Brasil este ano pela Panini, e conheci  através do anime - que estreou no Japão em 2015, mas só assisti no começo deste ano. Alguns meses depois descobri que o mangá seria publicado no Brasil, eu não resisti à curiosidade e comprei o primeiro volume. No Japão o mangá teve seu primeiro volume encadernado publicado em 2012, pela Shueisha, e em junho deste ano foi anunciado a sua conclusão na edição de julho revista Bessatsu Margaret, sendo concluída em 13 volumes encadernados (Biblioteca Brasileira de Mangás, 2016).

O mangá conta a história de Takeo, um rapaz alto, mau encarado e meio desligado que está começando o colegial, porém essa é só a aparência dele, pois ele é bastante gentil, responsável e tem um forte senso de justiça.  Além disso, ele é um cara legal e bem popular entre as esquipes de esportes da escola devido à sua força física e tamanho. Mas sofre um pouco com as garotas, que se assustam com sua aparência e falta de tato social.

Totalmente diferente dele é seu amigo Sunakawa, ou apenas Suna. Ele é o típico "príncipe encantado" dos mangás shoujo: lindo, inteligente, reservado, sempre com uma expressão fria e inespressiva... um total mistério, que faz todas as meninas se apaixonarem por ele desde cedo, incluindo todas as meninas por quem Takeo se apaixonava. Mas essa é uma história sobre aparências que enganam e, diferente do que os outros pensam, Suna não é um cara frio e misterioso, ele é um rapaz normal e na dele, meio antissocial até. Ele é o melhor e mais fiel amigo de Takeo e está sempre lhe dando conselhos. E, principalmente, mantendo longe as pessoas que sempre tentam se aproveitar da gentileza de seu amigo.

A história de amor de Takeo começa quando ele conhece Yamato, uma típica mocinha dos romances shoujo: pequena, bonitinha, tímida e delicada. Takeo salva Yamato de um tarado no metrô e no outro dia ela vai visitá-lo para agradecer.* Ele se apaixona, mas acredita que a garota está interessada em seu amigo Suna e decide fazer o possível para ajudá-la, já que Suna costuma recusar e partir o coração de todas as garotas que se declaram para ele.

Apesar de toda a trama clichê, meio estilo Shrek/O patinho feio, eu gostei de Ore Monogatari por seus personagens, que nos convidam a conhecê-los para além dos esteriótipos montados para eles. O cara que deveria ser o mocinho na verdade é um personagem secundário e está pouco se importando com romances, enquanto o mocinho é um grandalhão meio desligado e a mocinha é bem mais esperta do que aparenta e algo me diz que ela não vai se contentar em ser apenas a princesa inalcançável dessa história.

Fonte: Contos e Reconto, 2015.

Assim como o anime, o mangá me deixou uma boa impressão com uma história fofa e divertida, que nos convida a enxergar além das aparências. O mangá tem publicação bimestral pela Panini e é um dos que pretendo acompanhar até o final. Recomendo tanto o mangá como o anime (a música de abertura é muito fofa!) para quem procura uma boa história romântica.

Em tempo, o mangá também foi adaptado para os cinemas em um live action (que encontrei com o título My love story), que eu ainda não assisti, mas do qual li bons comentários.

Boas leituras e até a próxima!

^-^

KAWAHARA, Kazune; ARUKO. Ore monogatari: Minha história! São Paulo: Panini, 2016. 

*No Japão é um costume comum você mandar algum presente de agradecimento quando alguém te ajuda numa situação difícil.