quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sob o sol da Toscana


Se já li um livro capaz de provocar em mim as mais divergentes reações, foi esse. E o mais estranho foi que ao longo da leitura (que se arrastou por 1 mês mais ou menos), os aspectos que mais me agradaram no início foram também os que me fizeram, em alguns momentos, ter vontade de abandoná-lo. Mas vamos logo ao que interessa: do que trata o livro!

Em Sob o sol da Toscana, Frances Mayes narra todas as suas descobertas durante o período de três anos em que comprou e reformou uma casa em Cortona, interior da Toscana, a fim de lá passar seus verões. Assim ela faz um verdadeiro retrato apaixonado das belezas e peculiaridades da vida nessa região da Itália.
A narrativa é bastante suave, um tanto poética e detalhista. Suas descrições não só proporcionam belas imagens, como provocam diversas sensações.  A autora faz com que acompanhemos as suas descobertas, como se estivéssemos lá, ao seu lado, durante todo o tempo. Foi realmente “um banquete para todos os sentidos”, como descrito no texto da contracapa.
No entanto, o lado ruim da leitura foi exatamente essa riqueza de detalhes, que no início ajuda bastante na visualização dos lugares descritos, mas que se torna cansativa ao longo do livro. Outro fato que também me incomodou foi que comprei este livro imaginando que se tratasse de um romance, tal qual o filme. Claro que este foi um erro meu, por não ter lido a descrição da contracapa antes de comprá-lo. Mas ultimamente essas sinopses têm me enganado, dando uma falsa ideia em relação ao verdadeiro conteúdo dos livros, infelizmente esse foi um caso em que ocorreu exatamente o contrário, rsrsrs.
Enfim, numa avaliação geral não achei o livro de todo ruim. Talvez apenas este não tenha sido o meu melhor momento para lê-lo.
Não recomendo este livro para quem está a procura de um romance ou uma aventura. E sim para quem se interessa pela Itália, pois então esta é uma oportunidade de conhecer um pouco a região da Toscana, suas cidades, culinárias, paisagens, cultura, etc. Se este é seu tipo de livro, aproveite a viagem! Leia-o com calma, saboreando-o aos poucos, aproveitando todas as sensações que ele tem a oferecer. Se não é o seu caso ou não é o momento para essa leitura (como não o foi pra mim), é melhor seguir para a próxima estante.

Ah! Eu não costumo colocar trechos dos livros nas minhas resenhas – não que eu não goste, mas é que raramente me lembro de anotar os trechos que me chamaram a atenção –, mas dessa vez consegui separar um. Só para vocês sentirem um pouco da escrita da Frances Mayes:

“(...) havia essa casa respeitável perto de uma estrada romana, com uma muralha etrusca (etrusca!) surgindo no alto da encosta do morro, uma fortaleza dos Médici ao alcance do olhar, uma vista do monte Amiata, uma passagem subterrânea, cento e dezessete oliveiras, vinte ameixeiras e uma quantidade ainda indefinida de abricós, amêndoas, maçãs e peras. Perto do poço, algumas figueiras perecem vicejar. Ao lado da escada da frente há uma grande aveleira. Além disso, a proximidade de uma das cidadezinhas mais estupendas que já vi. Não seríamos loucos de não comprar essa linda casa chamada Bramasole?” (MAYES, 2010*, p. 26).

*Obs.: Minha edição é uma versão de bolso da L&PM, mas essa obra foi originalmente publicada em 1999, pela Ed. Rocco.                           


E para quem se interessar pelo filme:


      


     A adaptação cinematográfica do livro é de 2003, tendo sido dirigida e roteirizada por Audrey Wells e tem no elenco: Diane Lane, Sandra Oh, Lindsay Duncan, Raoul Bova, Vincent Riotta. Segundo o site Omelete (2004):  

“Sob o Sol da Toscana, o filme, é uma adaptação livre deste bestseller, já que apanha a essência do livro, mas altera fatos e personagens. (...) o longa fala sobre a esperança da segunda chance na vida de uma mulher. (...) Frances é uma bem sucedida escritora que após o divórcio perde a motivação pela vida e pelo seu trabalho. Para lhe ajudar a sair da depressão, Patti, sua melhor amiga, a presenteia com uma excursão de 10 dias pela Toscana, com a esperança de afastá-la daquela vida inerte. Envolvida pelo encanto e romantismo do lugar, Frances, num gesto impetuoso, acaba comprando uma casa abandonada há mais de 30 anos. Em péssimo estado de conservação, o lugar é conhecido como Bramasole, que significa "algo que anseia pelo Sol". Em meio ao processo de restauração da casa, ela experimenta a adaptação na nova morada, sua busca por si mesma, pela felicidade e, é claro, por um novo amor. Entre paixões e desilusões, questionamentos, novas amizades e novos costumes, ela vai se encontrando, voltando a sorrir, a amar e a viver.”

Um vídeo musical com cenas do filme (pois não encontrei o trailer oficial no You Tube): 



        Infelizmente não encontrei um site que tivesse um link ainda funcionando para baixar o filme (ódio eterno ao FBI por ter tirado do ar o Megaupload, grrr ), então só resta a versão completa online no You Tube (que, pra piorar a situação, está dublado), mas foi só o que consegui: 


         Então, é isso. Espero que tenham gostado da resenha, se não se interessarem pelo livro, confiram o filme que vale a pena.
E se tiverem um tempinho, comentem aqui!
           

Um comentário:

  1. Para tudoooo! Alguém falou da Toscana por aqui? *___* (risos).
    Você deve já saber o quanto sou apaixonada pela Itália, onde a Toscana seria meu refúgio predileto. E posso dizer que uma boa parte dessa paixão veio depois que assisti o filme homônimo ao livro, foi mesmo paixão a primeira vista.

    Ainda não lí o livro, mas já o tenho. Pelo que andei olhando a autora realmente é bem detalhista. Isso não me espanta muito (afinal você deve lembrar que sou louca varrida pelo José de Alencar :D), mas espero que também não me canse.

    Ahhh Ana! Coloca trechos sim. Eu adoro ler as frases marcantes dos livros. Faz assim, coloca uma caderneta com caneta por perto quando for ler. Assim que bater o olho naquele trecho legal, anota o início da frase e a página. Depois que você acabar a leitura, é só ir voltado para apreciar. É assim que faço meu histórico de leitura no Skoob, como também as vezes descarto. Em uma segunda leitura aquele trecho pode não parecer verdadeiramente importante...

    Adorei sua resenha! O que não é novidade, pois você escreve super bem :D

    P.S: O que é Raoul Bova (Marcello) nesse filme? #TragamOsMeusSais,sou fã desse homem!

    P.S 2: Respondi seu comentário lá no meu blog! Obrigada pela visita.

    :*

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