sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A hospedeira, de Stephenie Meyer.



Olá pessoas!

Então, depois dos vampiros que brilham... que venham os alienígenas parasitas e o triângulo amoroso mais confuso que já vi. rsrs
         Narrado em primeira pessoa, A Hospedeira traz a história de Peregrina, uma alienígena parasita, (que em sua sociedade se denominam almas).

“Eu era a alma de que eles falavam. Era uma nova conotação da palavra, termo que tinha significado muitas outras coisas para a minha hospedeira. Em cada planeta tínhamos um nome diferente. Alma. Acho que é uma descrição adequada. A força invisível que guia o corpo.” (MEYER, 2009, p. 18)


No entanto, as almas, diferentemente do que nos mostram os filmes de alienígena – ou seja, lá vem a Stephenie de novo com suas invenções –, não buscam destruir ou escravizar a raça humana, a intenção deles é “salvar o planeta Terra da selvageria dos seres humanos”, afinal, nós somos criaturas egoístas e violentas, certo?

“Nós não éramos esbanjadores. Tudo o que tomávamos, nós melhorávamos, tornávamos mais pacífico e belo. E os humanos eram bestiais e ingovernáveis. Haviam se matado com tanta frequência, que o assassinato se tornara parte aceita da vida deles. (...) Não havia nenhuma igualdade na distribuição dos abundantes recursos do planeta. (...) Até mesmo a imensa esfera do planeta havia sido posta em risco por seus erros descuidados e gananciosos: ninguém poderia comparar o que havia sido com o que era agora, sem admitir que a Terra se tornara um lugar melhor, graças a nós.” (MEYER, 2009, p. 46)

Bom, pelo menos é nisso que Peregrina acreditava antes de ser inserida no corpo de Melanie, cuja consciência insiste em resistir e tentar retomar o controle do próprio corpo quando deveria apenas sumir.

Meu, disse o pensamento alienígena que não deveria existir. Outra vez fiquei paralisada, atordoada. Não deveria haver ninguém aqui, exceto eu. E, contudo, o pensamento foi muito forte e muito consciente! Impossível. Como ela poderia ainda estar aqui? Era eu agora. Meu, respondi-a, o poder e a autoridade que só a mim pertenciam fluindo pela palavra. Tudo é meu.” (MEYER, 2009, p. 16)

Então, levada pelos sentimentos e memórias de sua hospedeira, peregrina se sente cada vez mais atraída e ligada aos humanos, dois em especial: Jamie, irmão, e Jared, o amor da vida de Melanie.
            O triângulo amoroso fica por conta de Mel, Peregrina e Jared, pois influenciada pelos sentimentos da hospedeira, a alma começa a se apaixonar pelo humano. Eu demorei a me acostumar com o fato de dois seres dividirem o mesmo corpo e os mesmo sentimentos. Além disso, todos sabem que no final de um triângulo amoroso sempre sobra um, mas como as coisas poderiam se resolver numa situação inusitada como esta? Passei a leitura inteira tentando imaginar uma solução para isso, mas sem muito sucesso. E a situação só piora lá pela metade do livro.
            Achei que a leitura fluiu bem no começo e no final, mas o meio deixou a desejar. Na verdade eu gostei das duas protagonistas, mas fiquei com a impressão que no meio do livro a autora não sabia o que fazer com elas e deixou a história se enrolar. Em alguns momentos eu ficava irritada com as atitudes infantis de Melanie e o medo excessivo de Peregrina. E alguns acontecimentos demoraram muito para se desenrolar, deixando a leitura cansativa. Às vezes eu lia mais rápido, quase atropelando as palavras a fim de avançar nas páginas, mas quando acreditava que finalmente haveria um pouco de ação, acabava me frustrando. Depois de muitos capítulos a enrolação finalmente acabou e pude começar a vislumbrar um possível desfecho para a história.
            A narrativa chega a ter diálogos divertidos e momentos de ação e aventura, mas o foco mesmo é no romance. O final foi de certo modo previsível, mas num romance leve como esse o que agente quer mesmo á um final feliz, né? rsrsr
            Numa avaliação geral, posso afirmar que gostei da história e como ainda não tinha lido um romance com alienígenas, achei A Hospedeira uma ótima surpresa. A única crítica que tenho é em relação à extensão do livro, pois acredito que a autora poderia ter economizado umas 200 páginas de enrolação e confusões sentimentais das personagens principais.
            Para quem ainda não leu nada parecido, eu recomendo!

Boas leituras e até a próxima!
^-^

Um comentário:

  1. Li esse livro já tem um tempo, lembro um pouco da história e até preciso reler antes do filme ser lançado. A narrativa cansativa foi o que mais me marco nesse livro, ele é bom e diferente, só que tem umas partes, igual você disse, que não flui. Levei quase o dobro de tempo que levo normalmente com livro como esse.

    Bjs, @dnisin
    http://diamanteliterario.blogspot.com.br/

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