Então, depois dos vampiros que
brilham... que venham os alienígenas parasitas e o triângulo amoroso mais
confuso que já vi. rsrs
Narrado em
primeira pessoa, A Hospedeira traz a
história de Peregrina, uma alienígena parasita, (que em sua sociedade se
denominam almas).
“Eu era a alma de que eles falavam. Era uma nova conotação da
palavra, termo que tinha significado muitas outras coisas para a minha
hospedeira. Em cada planeta tínhamos um nome diferente. Alma. Acho que é
uma descrição adequada. A força invisível que guia o corpo.” (MEYER, 2009, p.
18)
No entanto, as almas, diferentemente
do que nos mostram os filmes de alienígena – ou seja, lá vem a Stephenie de
novo com suas invenções –, não buscam destruir ou escravizar a raça humana, a
intenção deles é “salvar o planeta Terra da selvageria dos seres humanos”, afinal,
nós somos criaturas egoístas e violentas, certo?
“Nós não éramos esbanjadores. Tudo o que tomávamos, nós
melhorávamos, tornávamos mais pacífico e belo. E os humanos eram
bestiais e ingovernáveis. Haviam se matado com tanta frequência, que o
assassinato se tornara parte aceita da vida deles. (...) Não havia nenhuma
igualdade na distribuição dos abundantes recursos do planeta. (...) Até mesmo a
imensa esfera do planeta havia sido posta em risco por seus erros descuidados e
gananciosos: ninguém poderia comparar o que havia sido com o que era agora, sem
admitir que a Terra se tornara um lugar melhor, graças a nós.” (MEYER, 2009, p.
46)
Bom, pelo menos é nisso que
Peregrina acreditava antes de ser inserida no corpo de Melanie, cuja
consciência insiste em resistir e tentar retomar o controle do próprio corpo
quando deveria apenas sumir.
“Meu, disse o pensamento alienígena que não deveria existir.
Outra vez fiquei paralisada, atordoada. Não deveria haver ninguém aqui, exceto
eu. E, contudo, o pensamento foi muito forte e muito consciente! Impossível.
Como ela poderia ainda estar aqui? Era eu agora. Meu, respondi-a, o
poder e a autoridade que só a mim pertenciam fluindo pela palavra. Tudo é
meu.” (MEYER, 2009, p. 16)
Então, levada pelos sentimentos e
memórias de sua hospedeira, peregrina se sente cada vez mais atraída e ligada
aos humanos, dois em especial: Jamie, irmão, e Jared, o amor da vida de Melanie.
O triângulo
amoroso fica por conta de Mel, Peregrina e Jared, pois influenciada pelos
sentimentos da hospedeira, a alma começa a se apaixonar pelo humano. Eu demorei
a me acostumar com o fato de dois seres dividirem o mesmo corpo e os mesmo
sentimentos. Além disso, todos sabem que no final de um triângulo amoroso
sempre sobra um, mas como as coisas poderiam se resolver numa situação
inusitada como esta? Passei a leitura inteira tentando imaginar uma solução
para isso, mas sem muito sucesso. E a situação só piora lá pela metade do
livro.
Achei que a
leitura fluiu bem no começo e no final, mas o meio deixou a desejar. Na verdade
eu gostei das duas protagonistas, mas fiquei com a impressão que no meio do
livro a autora não sabia o que fazer com elas e deixou a história se enrolar.
Em alguns momentos eu ficava irritada com as atitudes infantis de Melanie e o
medo excessivo de Peregrina. E alguns acontecimentos demoraram muito para se
desenrolar, deixando a leitura cansativa. Às vezes eu lia mais rápido, quase
atropelando as palavras a fim de avançar nas páginas, mas quando acreditava que
finalmente haveria um pouco de ação, acabava me frustrando. Depois de muitos
capítulos a enrolação finalmente acabou e pude começar a vislumbrar um possível
desfecho para a história.
A narrativa
chega a ter diálogos divertidos e momentos de ação e aventura, mas o foco mesmo
é no romance. O final foi de certo modo previsível, mas num romance leve como
esse o que agente quer mesmo á um final feliz, né? rsrsr
Numa avaliação
geral, posso afirmar que gostei da história e como ainda não tinha lido um
romance com alienígenas, achei A Hospedeira
uma ótima surpresa. A única crítica que tenho é em relação à extensão do livro,
pois acredito que a autora poderia ter economizado umas 200 páginas de
enrolação e confusões sentimentais das personagens principais.
Para quem ainda
não leu nada parecido, eu recomendo!
Boas leituras e até a próxima!
^-^
Li esse livro já tem um tempo, lembro um pouco da história e até preciso reler antes do filme ser lançado. A narrativa cansativa foi o que mais me marco nesse livro, ele é bom e diferente, só que tem umas partes, igual você disse, que não flui. Levei quase o dobro de tempo que levo normalmente com livro como esse.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
http://diamanteliterario.blogspot.com.br/