sábado, 27 de abril de 2013

Quem precisa de heróis?, de Viviane Fair.



Olá, pessoas!


            Quem já acompanha o blog há algum tempo já deve ter percebido que sou fã da Vivi, li todos os livros da trilogia A caçadora e espero ansiosamente pelos próximos livros da trilogia O caçado (o primeiro já foi resenhado aqui). Então resolvi criar vergonha na cara e ler também o primeiro livro dela: Quem precisa de heróis?, anteriormente publicado como Cavaleiros do RPG. O título anterior já entrega um pouco sobre o enredo, mas não se preocupe, não é preciso ser um expert em jogos de RPG para entender a história. Bom, eu nunca joguei RPG, mas tenho uma ideia do que se trata, pra quem não sabe segue uma rápida definição:


“Role-playing game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de interpretação de personagens"), é um tipo de jogo em que os jogadores assumem os papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente. O progresso de um jogo se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente. As escolhas dos jogadores determinam a direção que o jogo irá tomar.” (WIKIPÉDIA)*

            No livro de estreia da Viviane Fair conhecemos Sephira, uma garota fofa, inocente e meiga, capaz de encantar qualquer um – uma Mary Sue, como a própria autora a define. Mas nossa bela protagonista tem um pequeno problema (ou seria a solução? rsrsrs): possui um poder tão grande que poderia destruir o mundo com um espirro! E para piorar, a coitada foi criada presa numa aldeia de feiticeiros, os únicos capazes de selar o poder dela, sem que ninguém se importasse em ensiná-la valores de moral e ética. Sempre sozinha Sephira jamais soube o que era ter amigos ou mesmo amor. Então, um dia ela finalmente consegue escapar, mas o resto do mundo corre perigo, pois agora está à solta a única mulher que pode destruir o planeta na primeira TPM. Ao longo da sua jornada ela vai encontrando vários outros personagens que podem ajudá-la a controlar seus poderes, para o bem ou para o mau.

“A única coisa que lembrava nesse momento era que se chamava Sephira... e que carregava uma estranha maldição. Não, não era o fato de ser uma Mary Sue.” (FAIR, 2010, p. 10)

            O livro trás a marca já conhecida da autora: o uso de vários clichês com bom humor, ou seja, garantia de diversão do início ao fim. Além disso, a narrativa é instigante e cheia de reviravoltas. Juro que perdi algumas horas de sono durante os 3 dias que levei para terminar a leitura. Esta, por sinal, foi rápida e fluiu bem, pois a linguagem é simples e direta, aliás, muitas vezes a autora conversa com o leitor, o que deixou a narrativa ainda mais divertida.

“(...) Djin pensara que nunca tinha visto um sorriso tão belo e cheio de vida. Ficou olhando para ela por um tempo, pensando o que raios ele estaria querendo levando uma desconhecida – e, provavelmente perigosa, - humana para a aldeia. Mas o que mais poderia fazer? Quer dizer, além de deixá-la onde encontrou. Ou na porta de uma delegacia. Além de pôr um anúncio estilo ‘Estou perdida. Você me conhece?’ em uma caixa de leite. Qualquer coisa sensata a se fazer quando se encontra um estranho sujo de sangue, embora perfeitamente saudável.” (FAIR, 2010, p 39)

            Quem precisa de heróis? é uma incrível e divertida aventura no melhor estilo fantasia medieval, com direito a elfos, fadas, bruxas, entre outros seres mágicos, e como não podia faltar numa narrativa de RPG, um grupo de corajosos heróis prontos para enfrentar as mais perigosas missões, ou nem tanto... rsrs. A história ainda conta com bastante ação e um romance bem fofo.
            Ah! E, assim como faz com a trilogia A Caçadora, Viviane também já fez tirinhas de Quem precisa de heróis? no seu site (http://www.recantodachefa.com.br/). Abaixo segue a minha preferida e que bem que podia ter sido narrada no livro, rsrs.
 

Fig. 1 – Protegendo a natureza.
Fonte: Recanto da Chefa. **
 
          Só um detalhe que não me agradou muito (apenas uma questão de gosto e opinião minha mesmo), foi o excesso de explicações e argumentos religiosos inseridos na história que, ao meu ver, não encaixaram bem com a narrativa. Mas em compensação a autora colocou lá nos últimos capítulos uma cena que fez meu lado fujoshi (vide definição da Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Fujoshi) dar saltinhos de alegria, tudo bem que a intenção da cena foi muito mais cômica e nem um pouco romântica, mas gostei mesmo assim, então até desconsiderei o que me desagradou, hehe. Ganhou 5 estrelas no Skoob.
            Recomendo a leitura principalmente pra quem gosta de uma aventura recheada de bom humor, ação e um toque de romance.

Boas leituras e até a próxima!
^-^

FAIR, Viviane. Quem precisa de heróis? São Paulo: Lexia, 2010. 440 p.

*ROLE-playing game. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: . Acesso em: 21 abr. 2013.
Saiba mais sobre RPG lendo o verbete na íntegra: http://pt.wikipedia.org/wiki/Role-playing_game


** FAIR, Viviane. Cavaleiros do RPG 1. In: Recanto da Chefa, 2010. Disponível em: http://www.recantodachefa.com.br/2010/01/cavaleiros-do-rpg-1.html. Acesso em: 21 abr. 2013.
 

2 comentários:

  1. Aaaawwn, você gostou!! <3 Estou muito feliz!!! ^^

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  2. Olá Aninha!
    Sou um grande fã do blog da Vivi, apesar de não ter lido nenhum dos livros ainda!! Rsrs. Pelas bem humoradas resenhas, parecem ser mesmo tudo o que dizem! Adoro esses livros divertidos e com grandes tiradas cômicas, e se eles refletirem os quadrinhos de sua autora, sem dúvidas irei amar!
    Suas resenhas ficam melhores a cada dia que passa! Parabéns!
    Beijo,
    Vinícius - Livros e Rabiscos

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