sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um gato de peso
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Na falta do que fazer... desenhando um pouco pra distrair...
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terça-feira, 14 de julho de 2009

Bibliotecas: breve histórico


Segundo o dicionário Aurélio (apud, PINHO; MACHADO, 2003), biblioteca é uma coleção pública ou privada de livros e documentos, organizada para o estudo, leitura e consulta. Etimologicamente a palavra biblioteca vem do grego bibliothéke (biblio= livro e théke= depósito). No entanto as primeiras bibliotecas surgiram antes mesmo da criação do livro, seus acervos eram compostos por tabletes de argila, que com o tempo foram substituídos por papiros (criados pelos egípcios), pergaminhos (usados pelos gregos) e mais tarde o papel (criado pelos árabes).

Acredita-se que a mais antiga biblioteca tenha pertencido ao rei Assurbanipal. Mas foram os gregos que expandiram as bibliotecas, as mais conhecidas foram as de Aristóteles e Platão. E a maior e mais importante da Antiguidade foi a de Alexandria, seu acervo abrangia a literatura grega, egípcia, assíria e babilônica.

Os romanos criaram as primeiras bibliotecas públicas, as quais todos os cidadãos tinham acesso.

Durante a Idade Média as bibliotecas se mantiveram dentro de mosteiros, acessíveis apenas para a Igreja e alguns privilegiados. Já no Renascimento surgiram as bibliotecas universitárias, destinadas a professores e alunos, a as privadas, mantidas por nobres, sábios e colecionadores.

Na Idade Moderna, com as Revoluções Francesa e Industrial, surgem novas ciências, a classe operária e os Estados do novo mundo, aumentando a quantidade de leitores em busca de conhecimento.

A imprensa e o barateamento do papel proporcionaram um maior acesso aos materiais impressos, tornando os livros mais populares no mundo.

Surgem nos Estados Unidos as primeiras bibliotecas públicas americanas, segundo o princípio de que devem conter a cultura do povo, pertencer e estar a serviço de todos os cidadãos.

Segundo Fragoso (2008) “[...] os avanços da tecnologia geram a explosão da ‘informação’, fazendo com que as bibliotecas superem os limites do livro”.

Referências bibliográficas

FRAGOSO, Graça Maria. Casas de livros ou simplesmente... Bibliotecas. 18 jan. 2008. Disponível em: http://br.geocities.com/gra_fragoso/textos/casas.html. Acesso em: 23 mar. 2008.

LITTON, Gaston. O livro e sua historia. São Paulo: McGraw-Hill, 1975. 284 p.

PINHO, Antônio Carlos; MACHADO, Ana Lúcia. História das bibliotecas: origens. 7 nov. 2003. Disponível em: http://www.mundocultural.com.br/artigos/Colunista.asp?artigo=635
. Acesso em: 16 mar. 2008.


Foto: Biblioteca do Congresso Americano

Biblio o quê?


Essa foi a pergunta que eu mais ouvi desde que me decidi por prestar vestibular para Biblioteconomia na UFPE. Naquela época eu não tinha muita idéia do que era biblioteconomia. Eu só sabia que “é um curso pra administrar bibliotecas”, era assim que eu respondia, pois sempre amei os livros e adoraria trabalhar com eles. Hoje, é claro, eu não tenho um pensamento tão limitado. Mas então... que danado seria esse Biblio o quê?

Segundo o Dicionário Michaelis, Biblioteconomia é a “arte de organizar e dirigir bibliotecas”, mas será que é só isso?

Não, pois a biblioteconomia tem um caráter interdisciplinar, pois trabalha essencialmente com a informação (em seus diferentes suportes), que por sua vez está em todas as áreas do conhecimento. Hoje a biblioteconomia está muito mais ligada à Ciência da Informação, às Ciências Sociais e às Tecnologias da Informação, do que apenas à organização de bibliotecas.

Claro que o trabalho com bibliotecas ainda é muito importante, mas estas têm procurado uma atuação muito mais social. Hoje o(a) bibliotecário(a), não é mais aquela velhinha chata que fica mandando todos fazerem silêncio, e sim um profissional preparado para tornar as bibliotecas atrativas às comunidades as quais servem, com o objetivo de disponibilizar a informação necessária ao desenvolvimento social.

Mas além do trabalho nas bibliotecas (públicas, comunitárias, escolares, universitárias), os bibliotecários também podem atuar em centros de documentação/informação, centros culturais e de pesquisa, serviços ou redes de informação, arquivos, museus, instituições públicas e privadas, consultorias e outros.

Quanto a mim, bom... apesar de saber de todas essas possibilidades, o que ainda me atrai são as bibliotecas mesmo, os livros, o trabalho técnico... o próprio trabalho de administração de bibliotecas, torná-las mais agradáveis às pessoas, incentivar a leitura, o desenvolvimento intelectual e a produção do conhecimento. Também me interesso muito pelo trabalho de restauração de documentos, mas esse já é um outro assunto (talvez para um próximo post).

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Intolerância religiosa

        Hoje, depois de uma semana, voltei a ter acesso à Internet. Aproveitei pra ver meus e-mails e fiquei feliz em ver que tinha 11 mensagens não lidas, é claro que a maioria era propaganda ou notificações de Orkut, mas uma me chamou a atenção. Era sobre a índia, o título era “A Índia da TV e a Índia real”. Pensei: provavelmente é mais um daqueles e-mails em que alguém fala mal da TV Globo por não mostrar a realidade da Índia. Também vi que o e-mail tinha sido mandado por um colega da faculdade. Ele costuma mandar apresentações de slides com mensagens bonitas (apesar de religiosas, com aquele tom de que “só Deus salva”, esse detalhe eu costumo ignorar), e eu sempre gosto de lê-las, pois sempre trazem uma mensagem legal de amizade ou perseverança.
        Daí que abri os slides... no começo era mesmo aquilo de “a TV Globo não mostra a realidade, veja como a Índia é um país pobre, como as ruas são sujas, como o rio Ganges é poluído”, mas no meio de tudo isso começam a aparecer frases como “a religião que atrasa o país”, “A MISÉRIA CAUSADA PELO DOMÍNIO DAS CASTAS SOB O APOIO DE UMA RELIGIOSIDADE TRAIÇOEIRA, MÓRBIDA, HIPNOTIZANTE”... E essas frases começaram a me deixar com uma pulga atrás da orelha. Até que no final aparecem as frases: “DIZ A BÍBLIA EM HEBREUS 9:27 QUE AO HOMEM ESTÁ ORDENADO A MORRER UMA SÓ VEZ, VINDO DEPOIS DISTO O JUÍZO.”, “QUEM TE LIVRARÁ DO JUÍZO VINDOURO?”, ”O QUE É QUE UM GURU PODERÁ FAZER POR VOCÊ?”, ”HAVERÁ ESPERANÇA PARA ESTE POVO?”, “Só em Deus estão suas esperanças. Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6”. Foi aí que me dei conta: essa é mais uma mensagem de fanáticos religiosos que usam frases soltas da Bíblia pra tentar convencer as pessoas de que eles são os únicos corretos no mundo, que todas as outras culturas devem ser deixadas de lado, pois “não levam a Deus”.
             Fiquei revoltada e quis, de algum modo, mostrar minha opinião. Sim, a Índia é um país pobre; sim, o rio Ganges é poluído; sim, o sistema de castas oprime grande parte da população; e sim, a TV Globo não mostra isso. Mas, e sempre haverá um “mas”, tudo isso faz parte da cultura daquele povo e essa cultura faz parte da identidade deles, ninguém pode simplesmente chegar lá e dizer que eles devem mudar, pois o nosso modo de vida “é o único certo” e que se eles não nos imitarem “irão para o inferno”. Isso é ridículo!
Eu não sou uma pessoa religiosa, nem tenho religião (por motivos que não vou citar aqui, talvez em outro post), mas acredito que cada um tem suas crenças e ninguém pode dizer que essa ou aquela religião está errada, até porque ninguém tem provas disso (não existem provas nem de que Deus exista! Até hoje ninguém conseguiu provar isso sem usar argumentos religiosos.).
              Eu não sei quem fez aquela apresentação de slides que recebi. O que posso dizer é que tenho pena dessas pessoas que só falam de suas religiões denegrindo as outras, isso só mostra que elas não têm confiança no que acreditam. Isso é intolerância religiosa.