segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Alma e Sangue: O despertar do vampiro, de Nazareth Fonseca.


Olá pessoas!


O livro da resenha de hoje pertence a um dos meus gêneros preferidos, literatura vampiresca!
Assim como foi o caso da quadrilogia As Brumas de Avalon, eu já havia lido O Despertar do Vampiro anteriormente (há quase uns 2 anos se não me falha a memória), mas não pude comprar a continuação na mesma época e com o tempo acabei esquecendo da historia. Até que no meu aniversário desse ano ganhei os 4 outros livros da série Alma e Sangue (3 volumes da quadrilogia + 1 livro de contos). Então acabei precisando reler o primeiro livro para relembrar alguns detalhes. E assim como na primeira leitura, me apaixonei mais uma vez pela história de amor de Kara e Kmam.
      O cenário dessa história é São Luis, capital do Maranhão, e entre suas ruas e sobrados históricos é que tem início a saga de Alma e Sangue. Lá vive Kara Ramos, uma restauradora que certo dia recebe como trabalho um dos projetos pelo qual há muito ansiava, a reforma do casarão colonial da Rua do Sol. Ela fica tão empolgada que sequer percebe o perigo que ronda o local.
“Sinais. Nunca pense eu algo acontece sem fornecer um dado revelador, uma advertência. E bem ali na minha frente, estava um sinal de que algo estava errado. Mas como eu poderia imaginar? Era apenas uma porta arrombada e ratos mortos pelos cantos. Estavam cobertos de moscas e formigas. Tomei fôlego e me aproximei de um para descobrir a causa da morte, aproveitar que ainda estavam inteiros. Não havia sido o vigia. Ele tinha morrido há uma semana e a morte dos ratos era recente. Encontrei a resposta ao me afastar dos pequenos cadáveres. Havia marcas de passos ao longo do corredor.” (FONSECA, 2009, p. 21)
          Dentro de um cômodo escuro e abandonado Jan Kmam acaba de despertar em terras brasileiras, com mais de 100 anos de sede por sangue e vingança.
    O primeiro encontro nem sempre é tão romântico ou a primeira impressão necessariamente é a que fica. O amor deles é intenso e explosivo. No entanto, eles se completam e é impossível não torcer para que fiquem juntos. Kara não é aquela mocinha inocente esperando para ser salva pelo seu vampiro encantado. Ela tem vontade própria e sangue quente. Enquanto Jan é sedutor, ciumento e seu humor é instável, podendo ir do amante carinhoso ao assassino sanguinário em segundos. Jamais se arrependeu por escolher a imortalidade ou de quantos já precisou matar para mantê-la. E principalmente, não hesitará diante das duas coisas que mais deseja: vingança e a mulher que ama.

“Ele percebeu que [eu] havia passado dos limites com aquela brincadeira, bem ao seu estilo, mas agora era tarde para voltar atrás. Seu silêncio era pesado. Esperava por algo que não viria.
- A mesma Kara de dezessete meses atrás. Insolente, teimosa, orgulhosa, desconfiada, mas frágil como porcelana – parecia conhecer-me como ninguém mais.
Mantive minha postura por tanto tempo, e ele, com simples palavras, conseguia me definir por completo. Sempre tão certo e cheio de conhecimentos.
- Odeio você!
- O ódio é o limite do amor.” (FONSECA, 2009, p. 121)
         Com a dose certa de inovação e um pé na tradicional literatura vampiresca, Nazareth Fonseca nos apresenta um romance de tirar o fôlego.
            Só tenho dois pontos dos quais reclamar, provavelmente devido a falhas na revisão do texto. 1) Em alguns trechos percebi que havia buracos na narrativa, como se faltassem frases ou palavras, deixando a cena narrada um tanto incoerente. E 2) alguns erros de pontuação durante os diálogos me confundiram um pouco. Por exemplo, algumas vezes eu precisava voltar ao início da conversa para entender que dois parágrafos seguidos eram falas do mesmo personagem. E outras vezes não havia o segundo travessão que sinaliza o fim da fala e a sequência da narrativa no mesmo parágrafo, ou um pensamento não enunciado, que acompanhava a fala, sem qualquer diferenciação gráfica (como letra em itálico ou o uso das aspas). Eu sei que pode parecer bobagem, mas para quem tem costume de ler rápido isso atrapalha bastante a leitura.
            Fora isso, o livro é muito bom, tem romance, ação e até um pouco de suspense. A história é envolvente e assim que terminei corri para ler O Império dos Vampiros. Recomendo para quem já cansou dos romances adocicados entre vampiros e adolescentes, que também são bons (tenho que admitir que também goste de Crepúsculo, Vampire Academy, House of Night, etc...), mas que depois de um tempo ficam repetitivos, né?
           
            Até a próxima resenha, onde vocês conferem minhas impressões sobre o segundo volume da saga Alma e Sangue – O Império dos Vampiros.

^-^

3 comentários:

  1. Opa, romance no ar? É comigo mesmoo :D
    Ela é brasileira? Fale-me um pouquinho sobre a autora que fiquei curiosa.
    Será que quando fui ao MA passei pertinho do casarão de Jan e nem reparei? Que desperdício, kkkkkkkkkkk'
    Adorei a resenha Ana, quero ler esse livro pra onteeeeem *-*
    Já adicionei em minha lista no Skoob.
    Já faz 6 dias que não leio nada... A DPL depois do livro de Aline tá braba. :P

    Ansiosa pelo próximo post.
    Beijinhos :*

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  2. Confesso que nunca tinha ouvido fala dessa serie. A capa é mto bonita e o enredo chamativo, vc disse bem, a gente ta meio cansado de vampiros e tal, então o autor tem que ser mto na hora de abordar esse tema de novo.

    Bjus, @dnisin
    http://diamanteliterario.blogspot.com.br/

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  3. Ialy!
    Respondi teu comentário na outra resenha e esqueci este, rrsrsr.
    A autora é brasileira, sim! Aqui o site da série: http://www.almaesangue.com.br/ e aqui sobre a autora: http://www.almaesangue.com.br/autora.php

    Denise! Obrigada pela visita. Essa série é muito boa e difere bem do batido tema Vampiros + Adolescentes.

    ^-^

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