Post Especial #2

             Animes e Mangás

Mina-san, kon'nichiwa! / Olá, pessoal!

            Eu ando meio sumida, mas não pensem que abandonei o blog. Só tive alguns contratempos, entre eles a falta de internet por uma semana, mas pra compensar meu sumiço voltei com um Post Especial!

               O que me deu a ideia dessa vez foi uma conversa com minha amiga Tailany esse fim de semana. Lá estávamos nós, andando na Feirinha da R. do Bom Jesus, quando avistei uma barraca com vários mangás em promoção. Não pensei duas vezes, tive que arrastar minha amiga lá. (rsrsrs) Quando comecei a citar gêneros de animes e mangás, qual não foi minha surpresa quando ela não entendeu do quê eu estava falando? Pois é, pros otakus de plantão ou aqueles viciados em animes e mangás (como eu. ^^) palavras como “shoujo”, “shonen”, ou a expressão que usei no começo do post “Mina-san, kon'nichiwa” são comuns, mas para a maioria das pessoas não.

                 Como já estava planejando comentar sobre os animes e mangás que mais gosto aqui no blog, eu resolvi unir o útil ao agradável e fiz esse post especial como uma introdução sobre o assunto e não deixar os leitores voando. (Sim, essa explicação ficou muito longa, mas acho que já deu pra perceber que eu gosto de enrolar pra começar as coisas, né?)

                Para começar, vamos a uma definição dos termos:

“Anime (português) ou アニメ (japonês), literalmente ‘desenho(s) animado(s)’ é qualquer animação produzida no Japão. (...) Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão. (...) Ao contrário do que muitos pensam, o anime não é um gênero, mas um meio, e no Japão produzem-se filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os gêneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, etc.). Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs.” (Fonte: Wikipédia, grifos meus.)

              Ok. A citação ficou um pouco grande, mas está bem melhor e mais resumida do que se eu usasse minhas palavras. hehehe. 

Mafalda

               E aí, vocês me perguntam: “Mas, Ana, você não acha que está um pouco grandinha pra gostar tanto de desenhos animados e gibis?!” (pelo menos isso é o que o pessoal da minha família costuma falar).  Bom, primeiro eu não tenho vergonha nenhuma de afirmar que ainda gosto de muitas “coisas de criança” (livros infanto-juvenis, desenhos animados, bichos de pelúcia...), e segundo, diferente do que muita gente costuma pensar desenhos animados e histórias em quadrinhos (gibis, HQ’s, comics ou mangás) não são feitos apenas para o público infantil. No Japão, assim como em vários países, existem desenhos animados (animes) e HQ’s (mangás) para todos os gostos e diversas faixas etárias. Se quer um exemplo estrangeiro, basta lembrar das tirinhas em quadrinhos da Mafalda (personagem criada pelo argentino Quino) sempre com críticas sociais e políticas.

            Mas o foco aqui são as produções japonesas, então vou listar alguns dos gêneros mais conhecidos de animes e mangás (se eu me esquecer de algum, podem acrescentar nos comentários.). E falando em idade, vamos a uma classificação de gêneros por idade:

Hamtaro

Kodomo: trazem histórias voltadas para crianças. “Trata-se de histórias mais simples e voltadas ao humor (...). Focalizam as situações cotidianas (contexto familiar) de fácil resolução, e os protagonistas são crianças de ambos os sexos, geralmente acompanhadas de animais de estimação.”  (BASSI, 2011). Eu não conheço muito desse gênero, por isso não consegui pensar em exemplos. Quando fui procurar por imagens achei o Hamtaro (tinha me esquecido desse anime kawai.)

Kimi ni Todoke

Shoujo: são, normalmente, voltadas para garotas e trazem como temas relacionamentos românticos e sentimentos. Exemplos: Sailor Moon, Sakura Card Captors, Kimi ni Todoke etc.

FullMetal Alchemist

Shonen: são histórias, normalmente, voltadas para garotos com temas como ação, amizade e aventura. No Brasil esse é o gênero mais conhecido por causa dos animes veiculados pela maioria dos canais de TV. Alguns exemplos mais conhecidos: Naruto, FullMetal Alchemist, Dragon Ball, etc.

Death Note

 

Seinen: são voltadas para o público adulto e contêm temáticas mais densas, dramas e enredos “com uma carga psicológica maior, diálogos profundos.” (BASSI, 2011). Podem trazer ou não cenas eróticas e/ou violentas. Ex.: Hellsing, Death Note (acho que estão mais para seinen do que para shonen, como alguns sites de anime os classificam).

Yaoi/Yuri: mais comumente voltados para mulheres (mas alguns são voltados para homens também), trazem relacionamentos homossexuais entre homens (yaoi) ou mulheres (yuri). Podem trazer ou não cenas de sexo explícito. Comportam variações como: Shonen-ai (amor entre garotos, costumam ser mais leves e não têm cenas de sexo, muitas vezes não mostram mais que beijos. Ex.: Gravitation), Lemon (relações entre homens, com cenas de sexo explícito), Shoujo-ai (amor entre garotas, assim como o shonen-ai, são mais leves, não contém cenas de sexo, algumas vezes mostrando apenas uma amizade mais forte. Ex.: Shoujo Kakumei Utena). Se você tem algum tipo de preconceito ou simplesmente não gosta de histórias com essas situações passe longe desses gêneros, mas não fique xingando quem gosta, ok? Já vi muitos comentários de gente preconceituosa (que não tem coisa melhor pra fazer) em sites de animes e isso incomoda bastante.

Shoujo Kakumei Utena (shoujo-ai/yuri)

Gravitation. (shonen-ai/yaoi)

      Outros gêneros (estou citando os que gosto, mas existem vários outros que podem ser conferidos aqui: http://www.revistafantastica.com.br/colunas/as-varias-faces-dos-mangas/):

Mahou Shoujo: as personagens são garotas mágicas. (Ex: Sailor Moon, Card Captor Sakura)

Sailor Moon (esq.) e Card Captor Sakura (dir.)

Jidaimono: ambientadas em outros períodos históricos. (Ex: Inuyasha, Fushigi Yuugi.)

Fushigi Yuugi (esq.) e Inuyasha (dir.)

Gakuen: vida escolar. (Ex: Spacial A, Kaichou wa Maid-sama)

Spacial A (esq.) e Kachou wa Maid-sama (dir.)

Mecha: com robôs gigantes. (Não gosto tanto desses, mas há exceções, como Guerreiras Mágicas de Rayearth e Code Geass: Lelouch of the Rebellion, que misturam outros gêneros).

Code Geas: Lelouch of the Rebellion (esq.) e Guerreiras Mágicas de Rayearth (dir.)

Ronin: histórias de samurais (Ex.: Rurouni Kenshin, Lobo Solitário).

Rurouni Kenshin (esq.) e Lobo Solitário - mangá (dir.)

Cyberpunk: “os que abarcam um contexto de tecnologia mais avançada que a atual; se divide também em Steampunk e Dieselpunk.” (BASSI, 2011).(Na verdade eu só assisti um anime que gostei e acho que se encaixa na descrição, que foi Trigun. Mas se alguém souber de outros parecidos pode indicar.)

Trigun

 

       Enfim, é isso. Acho que para uma “introdução” ao assunto já tá de bom tamanho (só pra não deixar ninguém voando quando eu postar comentários sobre animes e mangás aqui no blog). Quem quiser saber mais é só clicar nos links das referências. E se eu falei besteira, errei qualquer coisa, por favor me avisem, tá?

Até a próxima!

Referências:

ANIME. In.: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Anime>. Acesso em: 07 ago. 2012.

MANGÁ. In.: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1>. Acesso em: 07 ago. 2012.

BASSI, Mariana. As várias faces dos mangás! Revista Fantástica, [s.l.], maio 2011. Coluna Domínios de Benzaiten. Disponível em: <http://www.revistafantastica.com.br/colunas/as-varias-faces-dos-mangas/ >. Acesso em: 08 ago. 2012.

TENOU, Perséfone. Os 13 principais gêneros de animes e mangás (e alguns subgêneros). In.: Ficwritter Show.  Disponível em: <http://persefonetenou.blogspot.com.br/2009/03/os-13-principais-generos-de-animes-e.html>. Acesso em: 08 ago. 2012.