domingo, 24 de fevereiro de 2013

CLAMP



Olá, pessoas!

            Hoje vim falar um pouco sobre minhas mangakás favoritas, e que por isso mesmo vão ser muito citadas aqui na coluna Animes e Mangás. Infelizmente não tive tempo de fazer uma pesquisa mais completa (me refiro a histórico e detalhes técnicos) sobre o grupo, então vou me ater ao pouco que sei e o que mais gosto em suas publicações.


         CLAMP, como eu já comentei anteriormente, é um grupo de mangakás (autores de magas) formado por Satsuki Igarashi, Nanase Ohkawa (agora conhecida como Ageha Ohkawa), Mick Nekoi (agora Tsubaki Nekoi) e Mokona Apapa (conhecida hoje apenas como Mokona, ela também dá nome à mascote mais conhecida do grupo). Essas quatro garotas, hoje reconhecidamente como as rainhas do shoujo mangá, são mestres em criar lindas histórias, mas não é só isso. Como já expliquei no Post Especial sobre Animes e Mangás, no gênero shoujo se enquadram narrativas leves e românticas voltadas principalmente para o público feminino (jovens e adolescentes). Porém os mangás criados pelas meninas do CLAMP são mais que histórias fofinhas e românticas. Com habilidade elas inserem vários outros elementos, misturam gêneros que aparentemente não combinam e, principalmente, criam personagens cativantes e inesquecíveis. Outro detalhe muito importante nas histórias delas é o modo como o amor é mostrado, de forma tão leve e pura (algumas vezes até um tanto clichê, mas do modo que é abordado fica até fofo) que é impossível não torcer por um final feliz para os personagens, mesmo os casais menos convencionais. Além disso, as autoras são tão criativas que escreveram várias histórias que se interligam de modo a formar um “universo” próprio.

          Mesmo quem não costuma assistir muitos animes nem ler mangás provavelmente já teve algum contato com o inconfundível estilo do grupo. Pois alguns animes famosos que fizeram parte da infância de muita gente, são baseados em suas produções impressas, como por exemplo os animes Sakura Card Captors e Guerreiras Mágicas de Rayearth.
            Eu ainda não tive a oportunidade de ler todos os mangás do CLAMP, mas os que já li amei, assim como os animes, filmes e OVA’s baseados neles. Segue a lista:

Card Captor Sakura

Eu adorava o anime quando era criança e atualmente estou acompanhando o mangá, que narra a história de Sakura, uma menina normal que de repente se vê com a missão de recuperar várias cartas mágicas que ameaçam a segurança das pessoas na sua cidade. O anime e o mangá, apesar da aparência e enredo infantis (a classificação de ambos no Brasil é livre), são voltados para o público jovem e adolescente (como expliquei lá no começo) e trás o amor nas suas várias formas.


Guerreiras Mágicas de Rayearth

Assisti o anime quando era criança, o primeiro dos animes baseados em mangás do CLAMP que assisti. Somos apresentados a três meninas muito diferentes em aparência e personalidade – Hikaru, Umi e Fu (Lucy, Marine e Anne, na edição brasileira) – que são transportadas para um mundo chamado Cephiro (Zefir, na edição brasileira) para salvar a Princesa Emeraude. Ainda não li o mangá, mas segundo quem já leu, o anime é muito melhor e bem explicado em relação ao mangá. O anime ficou bastante famoso por reunir numa mesma narrativa ação, romance a aventura, angariando muitos fãs entre meninas e meninos. Ainda há as lutas com mechas (aqueles robôs gigantes), que em geral não me agradam muito, mas que cabem perfeitamente nesse anime.

Angelic Layer

Este é outro título do qual conheço apenas o anime, que nos apresenta Misaki, uma garotinha muito fofa e corajosa que cresceu longe da mãe tendo morado numa cidade do interior. Quando cresce ela vai estudar em Tóquio e descobre a existência de um incrível jogo de luta chamado Angelic Layer, onde é possível fazer com que bonecas se movimentem sobre uma mesa especial apenas com a força do pensamento das pessoas. A história trás temas como amizade, força e coragem, a ação fica por conta das fantásticas lutas entre bonecas. Depois de ver o anime fiquei curiosa pelo mangá, o bom é que ele é curtinho, só tem 5 volumes. Curiosidade: a boneca de Misaki se chama Hikaru (Lucy, na edição brasileira) e tem a mesma aparência da Hikaru de Guerreiras Mágicas de Rayearth.

Chobits

Este é outro anime/mangá que mostra bem a versatilidade do CLAMP nas suas criações. Só assisti o anime, mas o mangá não parece ser muito diferente. Aqui conhecemos Hideki, um jovem do interior que se muda para Tóquio a fim de estudar e entrar numa faculdade. Lá ele conhece os Persocons, computadores em forma de pessoas que, além das funcionalidades que temos nos computadores atuais (acessar internet, e-mails, etc.), também realizam tarefas domésticas e podem se movimentar e agir de acordo com a vontade de seus donos. No entanto, eles são muito caros e sendo pobre Hideki não pode comprar um, mas ao encontrar uma Persocon (com aparência feminina) jogada no lixo, acaba ficando com ela e chamando-a de Chi. Com um enredo leve, cômico e aparentemente ecchi (erótico, mas nada muito explícito), Chobits na verdade aborda um tema um pouco mais profundo, como o distanciamento cada vez maior entre as pessoas devido ao uso excessivo da tecnologia. Apesar de fofinho esse é um anime/mangá do gênero Seinen, voltado para o público adulto.

Tsubasa Reservoir Chronicle

Anime e mangá muito bons, vale muito apena ler/assistir. Já falei sobre ele aqui.

Personagens de xXxHOLIC (à esq.) e Tsubasa Chronicle (à dir.).

xXx HOLIC

Anime e mangá desenvolvidos paralelamente a Tsubasa Reservoir Chronicle, ambos se entrelaçam e se completam. Será tema do próximo post dessa coluna.

Wish
           
Um dos mangás mais românticos e kawai do CLAMP, Wish trás uma história curtinha de apenas 4 volumes, mas que infelizmente ainda não foi publicado no Brasil. Aqui conhecemos Shuichiro, um médico que após voltar cansado de seu trabalho salva um anjinho que estava sendo importunado por um corvo. O anjinho Kohako fica em dívida com Shuichiro e decide agradecer concedendo-lhe um desejo, porém o humano não consegue pensar em nada que queira e Kohako acaba ficando ao seu lado até que ele decida qual seu desejo. A história é acima de tudo romântica e trás paralelamente outros casais que tentam viver um amor proibido, como um anjo e um demônio que fugiram para a Terra para ficarem juntos. Infelizmente o mangá não foi adaptado para anime, mas os personagens Shuichiro e Kohako aparecem no anime e mangá Kobato. Também existe um AMV, que seria uma abertura do anime caso o mangá tivesse recebido uma adaptação.

Kobato

Com um enredo cômico e romântico, ambientado no mesmo mundo de Wish, Kobato conta a história de uma menina muito estabanada e fofa que vem à Terra acompanhada de seu guardião Iorogi-san com a missão de curar corações partidos. O mangá foi publicado no Brasil em 6 volumes e tem uma adaptação para anime com 26 episódios. O mangá e o anime começam de forma parecida, mas têm desenvolvimentos um pouco diferentes. Enquanto o anime enrola um pouco no começo e nos últimos episódios apressa um pouco as coisas para ter um desfecho rápido, o mangá explica melhor os mistérios e dramas dos personagens. Curiosidade: alguns personagens secundários de Kobato têm os mesmos nomes e aparência de alguns personagens de Chobits, porém não são os mesmos, diferentemente do Shuichiro e Kohako de Wish, que são os mesmos que aparecem em Kobato. No anime ainda temos participações rápidas de Syaoran, Fye e Kurogane de Tsubasa e Watanuki de xXx HOLIC.

X/1999 ou X-TV
 
Esse foi o anime baseado em mangás do CLAMP que menos gostei por causa de seu enredo muito enrolado, além de ter muito personagem maluco e traumatizado pra uma história só. A premissa do anime é a seguinte: “No ano de 1999 o destino da humanidade está nas mãos de um único jovem: Kamui. Ele é o predestinado que, no dia prometido, terá que decidir entre destruir a humanidade e assim salvar a Terra, ou defender a humanidade que conseqüentemente irá destruí-la.” (Sinopse da Wikipédia). Também ainda não criei coragem de ler o mangá, que ainda não foi finalizado pelas autoras e, pra piorar, a sua publicação se encontra suspensa desde 2002. O anime tem um final horrível (baseado sabe-se lá em quê já que o mangá não tem final) e a únicas coisas que se salvam são as cenas de ação e luta e os pares românticos que se formam ao longo da história. Porém já aviso, o anime tem muito yaoi (relações românticas entre homens), não há cenas de sexo, mas o homossexualismo aqui está muito mais explícito do que em outros animes/mangás do CLAMP, como Wish. Eu, pessoalmente, gosto de Yaoi (contanto que não tenha sexo explícito pendendo para a pornografia), mas quem não gosta de jeito nenhum deve passar longe desse anime.

CLAMP Gakuen Tanteidan

Esse é um dos animes mais leves, fofos e divertidos baseados em mangás do CLAMP que já assisti. Sem muitas pretensões, o anime conta a história de 3 meninos que estudam na Academia CLAMP – um campus universitário do tamanho de um distrito inteiro de Tóquio que atende desde o ensino básico até o superior e que tem como critério de admissão que o aluno tenha alguma habilidade específica – e se unem para desvendar mistérios e socorrer donzelas indefesas dentro do campus. Cada episódio apresenta um mistério e uma aventura diferente para o grupo de detetives, com muitas situações e cenas divertidas. Infelizmente o mangá ainda não foi publicado no Brasil e é muito difícil encontrá-lo traduzido na internet.

Gohou Drug (atualmente Drug and Drop)

A publicação deste mangá estava parada até recentemente, quando o CLAMP retomou a história e resolveu publicá-la com um novo título – Drug ande Drop. Inicialmente Gohou Drug foi publicado em 3 volumes e contava a história de Kazahaya e Rikuo, dois jovens com poderes sobrenaturais e passados misteriosos que trabalham como atendentes numa farmácia durante o dia, mas à noite fazem entregas e serviços um tanto estranhos para um homem chamado Kakei. A nova fase do mangá parece ter a mesma dinâmica, apesar de não continuar exatamente de onde a história parou no volume 3 de Ghou Drug. Diferente dos outros mangás do CLAMP, Drug and Drop é voltado para o público adulto e apesar de algumas cenas cômicas tem um enredo um pouco mais pesado (algumas cenas de violência), yaoi (sem cenas de sexo) e elementos de sobrenatural e mistério.


            Estes são apenas os mangás/animes que li/assisti, mas o CLAMP é responsável pela publicação de vários outros trabalhos, alguns nem tão conhecidos e a maioria ainda não publicado no Brasil. Você pode encontrar a lista completa de títulos na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/CLAMP .

Até a próxima!
^-^

 


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