Alma e Sangue: O pacto dos vampiros, de Nazareth Fonseca.

Olá pessoas!

            Continuando as resenhas da série Alma e Sangue, hoje trago meus comentários sobre o terceiro livro: O Pacto dos Vampiros.

      Em O Império dos Vampiros descobrimos rapidamente que os vampiros não são as únicas criaturas sobrenaturais do universo criado por Nazareth Fonseca (alguém se lembra das gêmeas Collet e Norine?), e agora esse universo se amplia, assim como a variedade de imortais que o povoam. São apresentados novos personagens, bem como suas histórias e dramas pessoais, promovendo uma maior dinâmica à história para que não se torne cansativa ou repetitiva.

   O pacto dos vampiros (que dá título ao livro) tem mantido a paz entre vampiros e homens-lobo há séculos, mas agora está sendo ameaçado pelo possível despertar de uma criatura capaz de aniquilar as duas espécies e revelar a sua existência aos humanos. Além disso, o pergaminho capaz de despertar essa temida criatura estava sendo protegido pela Ordem de Hermes, mas algumas de suas partes já foram roubadas e seus guardiões mortos – os responsáveis desejam vingança contra as duas espécies.

  Temerosos diante de uma terrível visão do futuro, vampiros e homens-lobo precisam se unir para garantir a própria sobrevivência.

          Ainda considerada “uma criança” nesse mundo de imortais, Kara se vê obrigada a seguir as regras de um jogo perigoso que pode separá-la definitivamente de Jan Kmam.

            O terceiro volume de Alma e Sangue vem recheado de mistério, romance e ação, além de novos personagens e organizações secretas. Então para vocês não ficarem perdidos vou explicar rapidinho sobre alguns:

Homens-lobo: são imortais, assim como os vampiros, e têm suas próprias leis e organização política. Também são diferentes dos lobisomens, pois são capazes de controlar a transformação, a selvageria e a sede de carne e sangue.

Lobisomens: desorganizados e incapazes de controlar a transformação em noites de lua cheia. Muitos até escolhem viver assim, pois acreditam que têm mais liberdade.

Ouroboros: grupo responsável por manter o equilíbrio entre as espécies imortais e impedir que os humanos descubram sua existência.

Ordem de Hermes: grupo de humanos responsáveis por guardar as partes do pergaminho capaz de despertar uma temida criatura imortal cheia de ódio e sede de vingança contra vampiros e homens-lobo.

           A narrativa em terceira pessoa possibilita que conheçamos os pensamentos e intenções de vários personagens, deixando a leitura mais fluida e instigante.

           Só não gostei muito da insistência da autora num triângulo amoroso (Ariel-Kara-Jan) – em minha opinião – fadado ao desastre. Ariel não conseguiu me conquistar de jeito nenhum e eu ficava sempre ansiosa pelos momentos em que Jan Kmam apareceria. E apesar de Jan e Kara viverem entre o amor e a guerra, estou torcendo por eles.

 

 ATENÇÃO! ALERTA DE SPOILER no próximo parágrafo, se não gosta pule o quadro vermelho.

*Para ler o parágrafo com spoiler selecione o texto do quadro vermelho.

Também não gostei muito de algumas atitudes de Kara lá para a metade do livro, quando ela cede às investidas de Ariel. Poxa! Se ela dizia que jamais amaria outro além de Jan e não suportava ficar perto de Ariel, como é que só porque estava num momento frágil e o rei é um chato insistente ela vai e dorme com ele? Aí depois Kara admite para Radamés que sente carinho por Ariel, mas é Jan Kmam que ela ama de verdade. Então, poucos capítulos depois, ela resolve se sacrificar para salvar o rei dos vampiros... Oi?! Como foi que aquela Kara apaixonada e decidida ficou tão volúvel? Será que é influência da priguete da Afrodite? rsrsr Sei não..

FIM DO SPOILER

        Outro detalhe que também não gostei foi o “amor” mal explicado entre Joyce e Belizário, que me pareceu só ter servido para atrapalhar o romance dela com Iago. A sensação que ficou para mim foi que a autora se perde um pouco com os triângulos amorosos – ou talvez eu é que não goste deles, rsrsr.

         Enfim, a história perdeu alguns pontinhos comigo por causa de alguns acontecimentos e atitudes (de alguns personagens) que me desapontaram. Mas a série não deixa de ser uma das minhas sagas vampirescas preferidas.

       No fim a aventura principal tem seu desfecho, mas deixa um gancho para o quarto e último volume da série: A Rainha dos Vampiros!

Boas leituras e até a próxima!

^-^

PS.1: Li esse livro com tanta pressa de terminar que acabei me esquecendo de separar trechos para a resenha, mas prometo que na próxima vou me lembrar!

PS.2: Uma coisa que me incomodou bastante durante a leitura foi que várias vezes esbarrei em referências à acontecimentos do período em que Kara e Kmam ficaram juntos (os 5 anos entre o fim de O Despertar do Vampiro e o início de O Império dos Vampiros) mas que não foram narrados em nenhum dos livros anteriores. Só depois me dei conta de que esses acontecimentos são narrados no livro de contos – Kara e Kmam: segredos de Alma e Sangue – que ainda não li (só dei aquela “olhada por cima” para confirmar isso). Esses detalhes não atrapalham no entendimento geral da história, mas se você prefere não ficar “voando” nessas partes recomendo que leia o livro de contos antes de O Pacto dos Vampiros.