terça-feira, 1 de novembro de 2016

HQ: Uma morte horrível - Pénélope Bagieu


Oi, pessoal!


A resenha de hoje é da HQ Uma morte horrível, da francesa Pénélope Bagieu e, pra quem não lembra, eu mencionei esse quadrinho no vídeo da TAG Minha estante, Meu mundo que postei lá no canal, na pergunta "Três capas lindas da sua estante". 

Zoé é uma garota jovem e divertida que aguenta um trabalho chato e um namorado desocupado e que a trata mal. Um pouco desligadona ela me lembrou a Risa Koizume de Lovely Complex. Um dia, de saco cheio do trabalho e dos colegas que só a criticam, ela encontra um homem estranho e recluso. Mas eles acabam conversando e até rola uma química entre eles. Logo Zoé descobre que Thomas, seu novo "amigo" é, na verdade, um escritor famoso, enquanto ela, nada intelectual, não entende bulhufas sobre literatura.

Fonte: BAGIEU, 2016.
Divertido e um tanto romântico (dependendo do seu ponto de vista, hehehe), o quadrinho tem um quê de Chic-lit, mas senti um clima um tanto diferente dos romances desse tipo em prosa. Com um toque bem mais realista a obra ainda aborda temas como relacionamentos abusivos, egocentrismo e obsessão pela fama, bem como a superficialidade desse meio, onde muitos vivem de aparências.

Uma amizade improvável também surge lá pro final da história, nos fazendo questionar os papéis pré-definidos que já imaginamos em relacionamentos, bem como os papéis de gênero. Bem diferente do que eu imaginei essa HQ me surpreendeu, divertiu e trouxe algumas reflexões. No final há uma reviravolta entre os personagens que me arrancou boas risadas e para a autora provavelmente deve ter deixado uma sensação de "dever cumprido" (rsrsrs).
Fonte: BAGIEU, 2016.
Os traços da Pénélope Bagieu são simples, mas bastante expressivos. E as cores bem chamativas, sendo as combinações e esquemas de cores que marcam o "clima" de cada parte da história, pois combinam perfeitamente com os sentimentos dos personagens. Por exemplo: os momentos mais românticos são marcados por tons de rosa, enquanto os tristes são compostos por cores frias como azul e cinza, e os alegres possuem uma maior variedade de cores. Aliando a parte gráfica a uma linguagem fácil e agradável, a autora criou uma narrativa linda, divertida e rápida de ler. Até a fonte das letras dos balões são bonitas, dando um toque mais delicado e agradável à leitura. 

A história é muito boa, porém curta (num total de 126 páginas) e não posso falar muito sobre ela sem soltar spoiler, mas recomendo pra quem procura uma leitura mais ágil e sem perder em conteúdo. LEIAM!

Boas leituras e até a próxima!


BAGIEU, Pénélope. Uma morte horrível. São Paulo: Nemo, 2016. 126 p.

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