sábado, 11 de junho de 2016

Resenha: Doce Vampira – Ju Lund

Oi, pessoal!

Fonte: Acervo pessoal.
Eu demorei muito pra começar a leitura desse livro. Fazia tempo que eu queria compra-lo, mas nunca surgia a oportunidade, pois não o encontrava em livrarias físicas e nas virtuais passou um tempo esgotado ou o valor não compensava, principalmente com o frete. Até que no site da autora ele estava em promoção junto com um kit (o livro Doce Vampira, o livro Vampiros – Coleção sobrenatural vol. 1, dois marcadores e um colar com uma ônix em formato de coração), aí vi vantagem e comprei. [EDIÇÃO: Aliás, pra quem se interessar pelo livro a promoção ainda tá rolando no site: http://julund.com.br/docevampira/]

"UM ROMANCE QUEER CHICK. Os vampiros se revelaram ao mundo, mas ainda sofrem muitas desconfianças dos humanos. Apaixonadas Duda e Esther precisam lidar com todos os tipos de discriminação por serem de raças diferentes e ambas do mesmo sexo. Será que o amor delas sobreviverá a segredos e ao fanatismo? Descubra nesse romance com toques de drama e mistério.” (SKOOB, 2015)


Fonte: Ju Lund
Logo de cara gostei da escrita da autora, ela utiliza bem as palavras e a leitura flui fácil, mas a história... Bom, o enredo é bem interessante, assim como a premissa inicial: duas meninas que se apaixonam e uma delas é uma vampira, então elas precisam lutar contra dois tipos de preconceito: por serem um casal do mesmo sexo e de espécies diferentes. O problema foi como a história começou, pois os primeiros capítulos, que contam o início do romance delas, foi tão rápido que nem deu tempo de sentir afinidade pelas meninas. Me passou uma ideia muito superficial, acho que deveria ter descrito melhor como elas se apaixonaram e desenvolvido melhor o romance antes de partir pra ação. Isso esfriou um pouco meu ânimo pela leitura e acabei deixando-a de lado por uns dias e quando voltei me surpreendi.

Apesar de o livro começar como um romance adolescente meio meloso - com um pouco de ação quando Eduarda foge pra ficar com Esther - a história toma um rumo diferente no momento em que elas finalmente “ficam juntas”. Como a história é contada em primeira pessoa, do ponto de vista de Eduarda, que tem 17 anos mas ainda é bastante imatura, no começo acreditei que os sentimentos entre elas eram iguais, mas depois percebi que a menina fantasiou demais, no final ela nem conhecia Esther direito. Esther, por sua vez, é muito misteriosa, esconde muita coisa de Eduarda e toda vez que a menina desconfia e começa a fazer as perguntas certas, a vampira a ludibria com beijos, promessas vazias e chantagem emocional. Tudo isso me irritou bastante e achei que essa parte da história se prolongou demais. Fiquei até o final do livro me perguntando se Esther realmente amava Eduarda.

E não parou por aí, a relação das duas é bastante conturbada e nem tanto por influencia das pessoas de fora, mas muito mais pela imaturidade de Eduarda e mistério excessivo da parte de Esther. Fiquei com vontade de dar uns tapas nas duas, tanto em Esther pelo excesso de mistério no começo e depois ficar exigindo decisões sérias de uma adolescente que estava mais perdida que cega no cinema, como em Eduarda pela imaturidade e ingenuidade. Além disso, ao longo da história outros elementos vão surgindo e o livro ganha características de distopia e suspense, onde os seres humanos podem ser mais perigosos e temíveis do que dos vampiros.

Por fim, fiquei com a sensação de, assim como Eduarda, ter sido manipulada por todos. Se por um lado odiei me sentir no escuro em relação às verdadeiras intenções de Esther, por outro lado não consegui resistir ao suspense e (depois de voltar à leitura) devorei o livro em poucos dias. O livro ainda termina de forma inconclusiva, o que me deixou curiosa pra ler o próximo livro Alma vampira, e sem saber se gostei o não da leitura. Será que posso ficar um “mais ou menos”?

Capa antiga.
Fonte: Skoob, 2015.
Ah! Quase me esqueci de comentar também a edição gráfica do livro, que ficou perfeita! A nova capa está linda, assim como as fotos utilizadas na folha de guarda e folha de rosto e nas primeiras páginas de cada capítulo. As folhas (de textura porosa, gramatura mais grossa e levemente amareladas) e o tipo e tamanho da fonte utilizada no texto tornaram a leitura mais agradável além de deixar o livro muito mais bonito. Toda a diagramação está impecável e não lembro de ter encontrado erros de revisão. No final do livro ainda temos uma Galeria de fotos com o resultado do ensaio fotográfico exclusivo para as capas dos livros Doce Vampira e Alma vampira, as fotos são muito bonitas e as atrizes escolhidas realmente parecem "encarnar" as personagens.

Boas leituras e até a próxima!
^-^


Lund, Ju. Doce vampira. Porto Alegre: AVEC, 2015. 224 p.

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