sábado, 9 de julho de 2016

Resenha: Vida após o roubo - Aprilynne Pike

Fonte: Acervo pessoal.
Oi, pessoal!

A resenha de hoje é sobre o livro Vida após o roubo, da Aprilynne Pike. A autora é conhecida pela série Fadas, pela qual eu nunca me interessei, então esse é meu primeiro contato com a escrita dela e devo dizer que me surpreendi. No começo eu achava que este seria mais um romance sobrenatural, talvez um pouco meloso, mas a Aprilynne me surpreendeu com uma história cativante sobre amizade, juventude e recomeços.
Segue a sinopse:

"Kimberlee Schaffer talvez fosse linda de morrer... só que ela acabou morrendo mesmo, há mais de um ano. Agora, precisa da ajuda de Jeff para resolver alguns assuntos pendentes. E não vai aceitar um "não" como resposta. Quando estava viva, Kimberlee não era apenas uma menina maldosa; era, também, cleptomaníaca. Portanto, se Jeff não quiser ser assombrado pelo fantasma dela até o dia de sua formatura, terá de ajudá-la a devolver tudo que roubou. Rapidamente, porém, ele descobre que é muito mais fácil roubar do que devolver." (PIKE, 2015, orelha do livro)

Em Vida após o roubo conhecemos Jeff, cujos pais ficaram ricos e acabaram de se mudar de Phoenix para Santa Mônica. Na nova escola ele conhece uma garota chamada Kimberlee, que afirma ser um fantasma. No começo ele não acredita e faz de tudo pra se convencer de que a garota é uma alucinação. Quando ela finalmente consegue fazê-lo acreditar na sua história, lhe pede que a ajude, devolvendo várias coisas que ela roubou, para que ela possa seguir em frente, para o outro lado ou o que quer que a espere.

Quando o Jeff chega na nova escola, além de conhecer a louca da Kimberlee, ele se apaixona pela líder de torcida Sera - apelido de Serafina. Aliás, todos os adolescentes tem esses nomes compridos e incomuns.

Gostei do fato de os personagens fugirem um pouco de alguns estereótipos bem comuns nesse tipo de história. Por exemplo, Sera que é uma garota popular e líder de torcida, mas não age de forma esnobe ou maldosa; Jeff é um garoto comum e mesmo sendo o “herói” da história, não age como um idiota - pelo menos na maior parte do tempo - e é um garoto bem responsável. Também temos Kahil, irmão de Sera, que apesar de ser forte e parecer intimidar Jeff no início, acaba se mostrando um amigo leal e justo.

Kimberlee é uma garota rica, mimada, cleptomaníaca e muitas vezes bastante maldosa, mas não consegui ter raiva dela. Na maior parte do tempo ela é manipuladora, mentirosa e adora fazer o Jeff de besta, mas ao mesmo tempo consegue ser animada e divertida, mesmo sendo um fantasma, sem poder ser vista ou tocada por ninguém. Mesmo o Jeff só é capaz de ver e ouvi-la. Antes mesmo das revelações que ela faz no final sobre sua vida e as maldades que ela cometia antes de morrer, eu sentia que ela tinha algum motivo pra ela ser daquele jeito e acabei gostando dela. Sei lá, acho que gosto de vilões incompreendidos, como sempre gostei do prof. Snape da saga Harry Potter, do Loki dos filmes Thor e Os vingadores, e Lestat do filme e livro Entrevista com o vampiro.

A história é bem divertida, recheada de situações e diálogos engraçados entre os protagonistas. Além disso, a linguagem usada pela autora é de fácil compreensão e a leitura flui bem. Enfim, Vida após o roubo é um livro leve e divertido, mas que tem uma mensagem legal no fim. Recomendo a leitura!

Só não gostei muito do tratamento dado pela editora, pois as folhas são brancas e finas, a impressão do texto veio com várias falhas, em algumas partes o texto estava mais escuro e em outras mais claro, com letras e sinais de pontuação faltando ou mal impressos, parecia até uma prova do livro e não a versão definitiva. Apenas a capa é bonita e bem feita.

Boas leituras e até a próxima!
^-^



PIKE, Aprilynne. Vida após o roubo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2105.

Um comentário:

  1. Pareceu-me ser bom, apesar de não ser o tipo de livro que leio.
    Não digo que irei correndo atrás dele, mas caso a gente se esbarre em uma boa oportunidade, irei conferir.

    Beijos! :*

    P.S.: Já havia percebido essa sua quedinha pelos vilões Ana! hahahahaha
    Já eu, sou totalmente tradicional nesse quesito. E eu juro que é totalmente involuntário.
    Inclusive, até os mocinhos da onda "bad boy" que consegui ler e as autoras venderam como "vilões", no fundo eu os considerei uns românticos enrustidos :P

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